Monumentos romanos são as principais atrações de Vienne, na França

De Marselha, no Sul, seguimos para Lyon, na região de Auvergne-Rhône-Alpes, quase no coração da França. Uma viagem tranquila de trem até a estação Part-Dieu. Depois seguimos de metrô até a Estação Perrache e caminhamos até o nosso hotel – Aparthotel Adagio Lyon Pátio Confluence -, a menos de duas quadras do terminal. 

A visita a Lyon, onde estivemos alguns anos atrás, tinha o propósito de conhecermos duas novas cidades: Vienne e a Cidadela Medieval de Pérouges, as duas a menos de uma hora de viagem de trem regional. A passagem ida e volta para Vienne custou 29,80 Euros para o casal.

Com cerca de 30 mil habitantes, Vienne é a porta de entrada para o Vale do Rio Rhône (Ródano) e fica a cerca de 30 quilômetros ao sul de Lyon, entre rios e colinas. A viagem é por um vale lindo, mas fazia frio demais no domingo, dia 7/01/2024, com a temperatura em torno de 0 grau, situação que piorava em alguns momentos por causa do vento.

Por ser uma cidade pequena, é fácil percorrer caminhando por todos os monumentos. Aliás, tem uma marcação nas calçadas, com o símbolo de uma árvore – em Dijon é uma coruja – indicando o caminho a seguir. Infelizmente, não encontrei nenhuma informação sobre as razões desse símbolo, embora seja certo que seguindo a marcação se chega aos pontos turísticos.

A cidade tem uma história de mais de 2.500 anos e conta com 435 monumentos históricos. As informações sobre Vienne dão conta de que mais de 500 mil turistas visitam a cidade todos os anos, o que é incrível porque no dia da nossa visita não tinha quase ninguém. É descrita como a Cidade da Arte da História desde a Gália, no Império Romano, até a Idade Média.

Nós chegamos em Vienne pouco depois do meio-dia (um horário péssimo para chegar a essas cidades pequenas do interior da França, porque nada funciona e não tem ninguém na rua pra se pedir informação, principalmente num domingo) e o nosso retorno estava programado para o fim da tarde. Mesmo assim, conseguimos conhecer alguns dos principais monumentos da cidade.

Catedral de Saint-Maurice

Imponente, a Catedral foi construída em estilo gótico extravagante e consagrada no ano de 1251.

Templo d`Auguste et Livie

O templo dedicado ao culto de Roma e o Imperador Augusto foi construído entre os anos 20 e 10 Antes de Cristo (aC). Tem as dimensões de 24 metros por 14,25 metros. Foi convertida em igreja a partir do século V, o que permitiu a sua sobrevivência até aos dias de hoje.

Jardim Arqueológico de Cybèle

Apresenta o que restou de um bairro da cidade Galo-Romana: o fórum, que seria o coração institucional da cidade. Conta com duas arcadas de um pórtico do fórum de dimensões imponentes.

Teatro Romano

Construído entre os anos 40 e 50 depois de Cristo (dC), o teatro tem a forma semicircular da colina Pipet contra a qual está apoiado. Este momento era dedicado ao entretenimento e à glória de Roma. Representa um dos vestígios mais importantes de toda a Gália Romana.

Com jeito de abandonado, quase perdemos a oportunidade de entrar no Teatro Romano, porque não havia nenhuma placa informando sobre o funcionamento. A Rossani, curiosa, foi caminhando à frente e descobriu uma entrada, onde uma solitária recepcionista informou que um domingo por mês a entrada era gratuita e foi justamente o dia da nossa visita. Tivemos o privilégio de visitar o teatro milenar gratuitamente, sem pressa imaginando todos os espetáculos que aconteceram ali, bem diferentes do atuais. 

O local ainda é bem utilizado, especialmente para shows musicais. Dali seguimos rumo à estação de trens, congelados e felizes, com tempo ainda de aproveitar um dos poucos bares abertos para um café quentinho com waffle, especialidade da casa, que nos custou quase 20 Euros.

Outras cidades francesas têm monumentos romanos, já descritas aqui no bloco. Entre elas:

Arles

https://blocodeviagensdosthomas.wordpress.com/2015/11/07/arles-e-as-atracoes-romanas/


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