Capital do limão na França, Menton tem Centro Histórico bem preservado

Uma das boas vantagens de ter Nice como base numa viagem pela Riviera Francesa ou Côte dAzur é que ficamos próximos de cidades como Cannes, Antibes, Saint-Paul de Vence, Éze, VilleFranche-sur-Mer, Mônaco, Menton e Gorbio, entre muitas outras. Os deslocamentos desde Nice podem ser em trens regionais ou ônibus, com uma excelente grade de horários de ida e volta. De ônibus é sempre mais barato.

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O ponto de saída do ônibus para Mônaco, Menton e outras cidades da região

Foi a terceira vez que visitamos Nice.

https://blocodeviagensdosthomas.blog/2016/01/03/o-mar-azul-de-nice-franca/

No dia 27 de janeiro de 2020, saímos de Nice próximo das 10h e seguimos de ônibus até Menton, cidade francesa com cerca de 30 mil habitantes, localizada no departamento dos Alpes Marítimos. É a última cidade francesa no litoral mediterrâneo e faz fronteira com a italiana Ventimiglia.

A viagem leva cerca de uma hora e meia, ao custo de 1,50 Euro por pessoa. Como fomos de metrô até a estação de Port Lympia aproveitamos o mesmo tíquete no ônibus. O bilhete vale por 74 minutos para viagem combinada ônibus/metrô.

O ponto final em Menton é na Gare Routière, mas é melhor descer na parada em frente ao Cassino Barrière, mais próxima da orla e da cidade antiga. Entretanto, descer no ponto final possibilita uma passadinha na Oficina de Turismo, localizada entre o Cassino e a Gare Routière.

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O ponto final do ônibus em Menton
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O prédio do Cassino

Menton estava literalmente em obras no dia do nosso passeio. Trabalhadores montavam as alegorias para a grande Festa do Limão, comemorada em fevereiro. A fruta é o símbolo da cidade, a única região da França onde frutificam os limoeiros em razão das excelentes condições climáticas. A festa atrai milhares de turistas.

Muitas lojas comercializam produtos derivados do limão e o famoso licor Limoncelo. Em um dos estabelecimentos provamos diversos tipos de Limoncello. Todos excelentes.

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Menton também conta com jardins que merecem ser visitados como La Serre de la Madone, Val Rameh, Biovès, Fontana Rosa e Maria Sérena. Optamos por visitar os jardins em uma próxima viagem, porque alguns são distantes do centrinho e as visitas demandam tempo e queríamos retornar a Nice antes do anoitecer.

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O mapa e a indicação do Centro Histórico

O Centro Histórico está a menos de 700 metros do prédio do Cassino Barrière. O ideal é ir caminhando pela Promenade du Solei diante do Mar Mediterrâneo até a Esplanada de Bastion, de onde se tem uma bela visão do conjunto de casas da velha cidade. Outro visual espetacular é a partir do antigo porto.

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Promenade du Solei diante do Mar Mediterrâneo
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Esplanada de Bastion
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O casario do Centro Histórico

É preciso ter bastante fôlego para percorrer todas as ruelas do Centro Histórico porque elas ficam em uma leve e constante subida em relação à praia. Vale ir até o cemitério do velho castelo, de onde se visualiza o porto e as praias. Em dia de sol e céu azul, comum na região, o visual é espetacular.

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Rossani Thomas em uma das ruelas do Centro Histórico

A Basílica de São Miguel Arcanjo estava em obras de restauração no dia da nossa visita. Foi construída a partir de 1619 em estilo barroco típico da região. A torre tem 53 metros de altura e só foi concluída em 1701. O visual interno é lindo.

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Basílica de São Miguel Arcanjo

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Duas capelas medievais – da Fraternidade dos Penitentes Pretos, também chamada de Capela da Piedade e Capela dos Penitentes Brancos – estavam fechadas no dia da nossa visita, mas os prédios são bonitos e chamam a atenção.

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A Capela da Fraternidade dos Penitentes Pretos,
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Capela dos Penitentes Brancos

O ideal é reservar dois dias para visitar Menton. O primeiro para percorrer o Centro Histórico e o segundo para conhecer os jardins.

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O antigo porto de Menton
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O visual a partir do cemitério do velho castelo no alto da colina
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O Centro Histórico visualizado da área do antigo porto

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O porto antigo

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Estivemos na cidade uma segunda vez, mas apenas para nos deslocarmos de ônibus até Gorbio, uma cidadela medieval a quase mil metros de altura.

Os detalhes desse passeio eu conto no próximo post.

Nossa viagem pela França – Paris, Dijon, Beaune, Annecy, Nice e algumas cidades próximas – foi num período um pouco anterior ao anúncio dos primeiros casos confirmados do coronavírus na Europa. Desde que desembarcamos em Milão e seguimos a Paris, em meados de janeiro, percebemos que a doença já causava temor no continente europeu, mas nada comparado ao que se seguiu na Itália nas semanas posteriores do nosso retorno ao Brasil, em 5 de fevereiro. Aliás, quando visitamos Milão, Bergamo e Verona, nos primeiros dias de fevereiro, já havia um temor escancarado pelo risco de o vírus se espalhar pela Europa. Mas a viagem à Itália conto mais adiante.

 


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