Centro de Le Havre é reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade

A viagem de trem entre Rouen e Le Havre, no Litoral do Canal da Mancha, é de cerca de uma hora. Dependendo do horário, a passagem chega a custar cerca de 60 Euros, ida e volta. Dá pra sair de Rouen por volta das 9h e retornar depois das 18h. A Gare de Le Havre fica pouco mais de um quilômetro do Centro, mas conta com transporte das linhas A e B do Tranvia. A linha A vai até a praia.

Com cerca de 170 mil habitantes, Le Havre, na região da Normandia, foi destruída na Segunda Guerra Mundial até os exércitos aliados conseguirem derrotar os alemães em 1944 no episódio conhecido como o Dia D (com o desembarque na região). A Gare fica a uns dois quilômetros do Centro.

Com o segundo maior porto da França, depois de Marselha, Le Havre é um dos centros dos cruzeiros no Norte da Europa.

Como foi reconstruída, a cidade ganhou um planejamento urbano e conta com ruas e avenidas largas e planas. No trajeto entre a Gare (estação de trens) e a praia não há subidas ou descidas, o caminho é totalmente plano.

Muitos arquitetos participaram da reconstrução, mas dois entraram para a história de Le Havre. Auguste Perret projetou toda o Centro da cidade e o brasileiro Oscar Niemeyer criou o prédio que abriga uma biblioteca que tem o nome dele e o teatro chamado Le Volcon. O complexo de formas inconfundíveis fica no coração de Le Havre. A UNESCO reconheceu o Centro como Patrimônio Mundial da Humanidade em 2005.

O Tranvia, com custo de 1,80 Euro, corta a cidade em duas direções. Dá para ir da Gare até a praia com a linha A e B, mas o ideal é fazer esse trajeto caminhando. A praia tem pedras pequenas e médias em toda a sua extensão. Deve-se caminhar devagar pra evitar escorregões.

De diversos pontos da cidade é possível avistar a torre da Igreja de Saint-Joseph, cujo campanário de 107 metros parece ser um farol. A Igreja, que foi destruída em 5 de setembro de 1944, foi reconstruída entre 1951 e 1961. A ideia da torre é de que “Deus está no centro e se eleva ao espírito”. A Igreja tem 800 assentos. É uma estrutura bela e impressionante, valorizada pelos vitrais que criam uma luminosidade única no interior do prédio.

Na Catedral de Notre Dame o destaque é uma imagem de Jesus Cristo na crucificado, uma das poucas que sobrou no prédio destruído durante bombardeios na Segunda Guerra, principalmente entre os dias 5 e 6 de setembro de 1944. As obras de reconstrução terminaram em 1974.

No Porto, chama a atenção uma enorme estrutura de contêineres criada por Vincent Ganivet. Um transatlântico da MSC Euríbia estava ancorado e pronto para zarpar, com 6,3 mil passageiros.


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